quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Avesso total

O AVESSO DO AVESSO DO AVESSO

     Rapaz ,lembro ainda hoje da primeira vez em que ganhei um computador. Eu era recém-casado e minha mulher resolveu surpreender. Junto com a irmã dela maquinou durante meses até a chegada do Natal uma forma de me presentear.  Resumo da ópera: perto do natal, ela me deu meu primeiro PC. Pronto, tava criada a primeira de uma série de crises conjugais nossa.
     O presente, sensacional, até chorei, emocionado com a lembrança e com um desejo satisfeito. O pior foi o legado: 24 prestações pra pagar. Quem pagou a conta? Eu, o presenteado. Depois disso, instalei o computador em um lugar bacana. Não havia internet de banda larga, nem redes sociais. Toda vez que tentava uma conexão, o telefone ficava ocupado e o barulho do modem acordava qualquer um.

Gostando de brincar
     Mas fui me adaptando e, pior pra alguns, gostando do brinquedo. Minha máquina tinha sensacionais 6 gigabytes de HD, cabia alguma coisinha NE ? Fui viciando nessa porra. Madrugava na internet. Comecei a namorar o PC e minha mulher, enciumada, só pensando em quebrar o presente que tinha dado a mim. Eu tinha trocado, sem notar, a patroa pelo PC. Viciado, aficionado por música, fui baixando tudo que achava legal. Ainda não dava pra ouvir rádio, nem assistir vídeos com a conexão tão lenta como era, mas começava a chamar a atenção. A irritação da mulher só aumentava: “Ah, esse cara não gosta de mim, só pensa nesse maldito computador, deve ficar a noite inteira no 5 contra 1. Desgraçado, filho da puta !!!
    E veio a tal da banda larga, conexão mais rápida. Minha máquina tinha ficado velha, mas a velocidade da net já permitia assistir alguns filmes, gravar músicas , etc. Mais um motivo de ira pra mulher .
    E assim fomos caminhando. Bom, estamos em 2012, à beira de 2013. Passados alguns anos dessa  saga ,a internet cada vez mais presente em nossas vidas, eis que os papéis se inverteram. Minha ainda mulher agora madruga no computador. Tem mais amigos virtuais do que físicos, tudo  graças às tais redes sociais, especialmente o tal do “feicibuqui”. Aí você fala com ela sobre o caso e escuta: “Ah, preciso fazer novas amizades, sair desse mundinho, conhecer gente nova, quem sabe um novo amor, etc. “.
Moral da história
     A Internet, que poderia ser um instrumento de aproximação das pessoas tem se tornado um grande ponto de afirmação do individualismo. É cada um por si. O pior é que a tendência  só aumenta. Nas redes sociais, por exemplo, faça um exercício: calcule quanto dos seus amigos você conhece fisicamente. Garanto que a maioria é virtual, ou seja, talvez tenha um perfil fake, ou mesmo não exista.
     A velocidade da informação também está criando alguns problemas e sumindo com nosso ponto de vista crítico> Ninguém contesta as informações lidas? O Google é realmente a bíblia, o “pai dos burros”  ? Cuidado galera, nem tudo que reluz é ouro. Logo mais volto com a continuação dessa história;
    

domingo, 9 de dezembro de 2012

Resumo da ópera

     Mundo estranho esse. Nunca sabemos o que vai acontecer no minuto seguinte e a velocidade da informação corrobora pra que esqueçamos o minuto anterior e vivamos sempre a sequência. Mas há coisas que marcam e outras que nem devemos esquecer.

Pra lembrar sempre
     Num país em que pouco ou nada se valoriza o talento, o Brasil perdeu nesta semana o grande, magistral arquiteto dos desenhos tremidos Oscar Niemeyer, aos 104 anos. Evidente que ele foi um dos maiores brasileiros de todos os tempos, mas fiquei um pouco irritado com o enfoque dado a sua trajetória pelos veículos de imprensa. Embora mostrassem suas obras, seus desenhos e projetos, a imprensa sempre enfatizou a questão global da influência de Niemeyer, sempre se esquecendo de que ele é um brasileiro e que como tal ajudou a formar uma legião de brilhantes profissionais da arquitetura, além de ter ganhado maior notoriedade porque seu trabalho mudou a vida de muita gente, sejam os calangos de Brasília, aqueles que concretizaram os rabiscos do arquiteto, ou a não menos importante obra da igreja da Pampulha, em Belo Horizonte, ou talvez, os desenhos que transformaram o edifício Copan em São Paulo em referência para escolas do gênero.
    Acho que faltou isso, um quê de reverência à brasilidade de Neiyemer. Nós tropeçamos todos os dias nos efeitos arquitetônicos da obra desse brasileiro espetacular e isso eu senti que faltou nos jornais, revistas e televisões brasileiras. É como diza meu professor na escola de jornalismo: " o bom texto tem que ser legível para o letrado e para a mais humilde figura do mais longínquo  canto desta terra".

(Foto - reprodução)


Já pegou

     O que começou como uma simples tentativa de inserir filhos, sobrinhos e demais pentelinhos à música tocada pelos djs brazucas, se transformou em um grande evento. Estou falando da Disco Baby, projeto da excepcional jornalista Cláudia Assef e que consiste em levar os melhores djs da cena paulista a tocar músicas para crianças. O negócio virou. Neste último domingoa turma da Disco Baby teve o Dj Marky ao lado do Mano Brown dos Racionais Mcs juntos para alegrar a criançada do Capão Redondo. Mais do que isso, o evento foi beneficente , com renda revertida para instituições de caridade. Palmas para a iniciativa !!!
Foto: Dispensa legenda

Claudinha Assef, Mano Brown e Dj Marky
(Foto - reprodução - álbum de Cláudia Assef no facebook )