domingo, 22 de fevereiro de 2015

Day After

Bom dia, boa tarde, boa noite .Gostaria de agradecer imensamente as manifestações de carinho com meu filho Heitor, que fez 7 anos ontem. Muito obrigado a todos, de coração.
TRILHA SONORA
     Acordei hoje saudoso, buscando ouvir canções que fazem parte do meu inconsciente. Aliás, algum de vocês enxerga a música dessa maneira? Pra mim, escutar é um prazer e me submete, sempre, a algumas reflexões. Daí talvez o porquê sou tão seletivo. Eu sempre espero de uma canção que ela tenha algo a dizer. E nesse sentido, hoje é meu dia de MPB, de ouvir letras importantes, de refletir sobre a vida, as emoções, enfim, literalmente viajar com as idéias de quem faz as canções, entender a motivação de cada músico.
     Além de tudo que já falei , pensei em algumas coisa que me influenciam, mesmo sem ter a real consciência do que representam. Ouvi Benito di Paula, um cara genial, esquecido pela mídia, mas seguramente uma influência gigante na MPB e no samba  e que ouço desde pequeno. As letras são profundas, de certa forma melancólicas, mas de grande sensibilidade. Talvez sejam reflexo da própria vida do autor. Deixo aqui ema das que considero mais lindas já feitas por Benito.


 Ainda hoje pela manhã, fizeram parte da trilha as canções "Toada", da banda Boca Livre e "frison" do Tunay.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Navegação pelo mundo Pop. .

     Sempre fui um grande admirador dos trabalhos de Bjork, desde o tempo em que ela carregava a banda Sugarcubes praticamente "nas costas". Depois de muitos trabalhos lançados ao longo de quase duas décadas, nossa menina-esquimó está de volta com um disco confessional, autoral, e maravilhoso. A separação recente parece tê-la feito bem. O disco Vulnicura, lançado no começo deste ano reflete esse momento pessoal dela. As canções são belíssimas. Os nove petardos trazem uma cantora mais intimista, os arranjos remetem ao brilhante disco "Post" lançado nos anos 1990. Procurem, vasculhem e ouçam Bjork. Será um delírio.

sábado, 10 de maio de 2014

Saudades sempre

Sempre fui taxado por aí como um sujeito radical, muito centrado em mim mesmo. Com o passar dos anos e analisando as críticas, cheguei à conclusão de que , em partes, muita gente estava certa. Não vou colocar em texto nem uma vírgula sequer da vida pessoal, mas vou me ater à música, às influências, ao circuito que permeou a minha vida inteira e que mesmo fora do circuito sei que quando as pessoas se referem a mim, o assunto é música.
Pois bem. Sempre fui inquieto,um pesquisados musical, buscando nos simples riffs o encanto, aquilo que realmente chama a atenção, que emociona, enfim, o que não é convencional e ao mesmo tempo  pop. Parece uma engenharia mental difícil, mas não é. Ouço música com atenção desde criança e, depois das últimas baixas, com a morte de alguns ícones , decidi matar minhas saudades.
JAIR RODRIGUES, O ETERNO
   Fiquei absolutamente triste com a perda desse cara. Desde muito cedo aprendi a gostar dele.Minha mãe o amava. Ele era divertido,invadia os programas de televisão e literalmente assaltava o palco, colocava todo mundo pra dançar,sem contar que fazia um som sensacional, com raízes profundas. Buscava o âmago do samba, da música sertaneja, tinha um gogó espetacular e, sim, peitava o sistema de tal forma que fazia da interpretação um tapa na cara da ditadura. Refiro-me , claro, à brilhante aparição dele no Festival da Record,em 1966, cantando "Disparada", um hino, música do marginalizado Geraldo Vandré, um dos grandes compositores deste país, judiado demais pelo sistema. Jair ia pras câmeras e pouco se lixava, defendia Vandré com amor e emoção e peitava o sistema. E agradava ! Além do mais, Jair , o "cachorrão", santista juramentado, amigo de Pelé, mandava demais no samba. Ouça a interpretação de "Deixa isso pra lá " Veja ainda "Disparada".Quanta emoção!. O som vinha do fundo do coração, algo que busco na música a vida inteira.

     Não vou concluir esta história.Jair Rodrigues merecia um livro, cheio de histórias instigantes e trilha sonora formidável. Como o assunto é saudade, deixo aqui minha pequena homenagem a este gênio da simplicidade, um cara como qualquer um de nós, simples, alegre, feliz. O céu, verdadeiramente, está em festa!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

De volta ao planeta

Peebles, night for ya. Tivemos um final de semana absolutamente fantástico, revisitando amigos, tocando sons do arco da velha e descobrindo como ainda somos capazes de emocionar as pessoas. Isso é de um prazer inenarrável. Fora isso, precisamos repercutir algumas coisas importantes. Todos sabem que gosto de música, futebol e  tudo o que é efervescente no meio cultural, desde um bom livro a um filme lado B  para assistir, ou de tomar algum líquido diferente, tipo cerveja com sabor de café.
Pois é. No último final de semana me deparei com um disco de um cara que adoro: Ben Watt. A parte do que anda rolando por aí,  o cara-metade da maravilhosa banda Everything But The Girl lançou um disco novo, Hendra. Confesso que me decepcionei. Mais de 30 anos de estrada, viagens pelo jazz e pela eletrônica e ótimos trabalhos de deep house, encontrei um trabalho melancólico. Bonito,porém cansado, cheio de referências pra lá de tediosas.
Vale pelo registro, mas não gostei do trabalho. Ando esperando por algo que talvez não exista nesses caras mais, ou seja, tesão pela música. Lamentável !

INDIE , MAIS DE  20 ANOS DEPOIS

     Nesse final de semana fui convidado e toquei numa casa noturna. Minha missão era desenterrar hits dos indies dos anos 1990. Toquei Ride, Charlatans, Inspiral Carpets, passeando pelo Grunge, com Alice in Chais, Nirvana, Mudhoney, etc., ou seja, músicas pra lá de matadoras nas pistas. Fiquei feliz om o repertório, mas descobri que, mesmo com  tanta ênfase com que essas bandas brilharam nos anos citados, o povo, mesmo o das antigas, ainda ignora esses sons. Falta cultura musical , infelizmente.
Por hoje é só !!!"!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Orgulho, Brasileiro, perplexo, feliz

     Prezados, faz tempo que eu e todos vocês aguentamos calados ao desgoverno, ao caos que se instalou no País, acumulado ao longo dos anos por gestões fraudulentas, anti-populares e, claro, corruptas. Nasci nos anos 1960. Desde pequeno aqueles que tomam conta do Brasil somente ensinaram a mim e a minha geração  a ficarmos calados. Foram anos de chumbo. Tomei borrachada, fui punk e perdi minhas botas em shows e, fazendo uma análise mais profunda, acho que optei pelo jornalismo para, no mínimo, botar a boca no trombone.
     Nos anos seguintes, especialmente na década de 1980, assisti a alguns arroubos de revolução, com a luta pelas diretas, a derrocada do governo Collor, etc. Mas jamais podia imaginar que o que se sucede neste dia histórico pudesse acontecer. O que começou lá atrás com um simples protesto contra o reajuste de tarifas de transportes públicos viesse a se tornar uma indignação coletiva contra todo o Sistema, o establishment completamente perdido, sem ação diante da voz de uma nação.
     Não vou entrar nem no mérito da condição em que esses protestos começaram e nem como eles continuam. Mas devo dizer que estou orgulhoso. A insatisfação popular é legítima, legal. Eu apoio. Sou contra a balbúrdia, mas completamente a favor da pressão popular. Fazer alguma coisa pelo povo é e sempre foi obrigação do poder público.
     Infelizmente os governantes somente agem sob forte pressão. Fica aqui o desejo de que esse movimento todo se converta em favor do País, da imensa maioria da população, que é pobre, acorda cedo, trabalha muito, paga impostos e ainda assim consegue sobreviver. Mas chega !!! O gigante acordou e, tenham certeza, qualquer iniciativa que um político deste País quiser tomar e que desagrade a maioria do povo daqui pra frente, terá consequências muito sérias.
     De qualquer maneira, é dia de comemorar, guardar para sempre no coração como um momento tão importante quanto a nossa independência. Liberdade não tem preço e consciência não se compra. E isso os políticos vão ter que aprender, ah, isso vão.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Condução, truculência e amor

     A você que lê este post, muito obrigado por sua audiência. A semana que se encerra - escrevo este texto no dia 13, um domingo -  foi uma loucura, complicada mesmo. Primeiro pelo caos urbano que eu e mais uma porrada de gente tivemos que enfrentar,  sobretudo por conta do mau tempo, que interfere diretamente em nossas vidas , em nosso humor e tudo mais. Mais à frente, passada a chuva, tive experiências particulares incríveis, sobretudo naquilo que se refere à amizade, à compaixão com os amigos. A troca de palavras simples, mas incentivadores, me fez um bem danado e tenho certeza, que animou mais gente. Vou continuar nessa linha. Quem quiser, que nos acompanhe.

AS CHUVAS 
     Trabalho no centro de São Paulo e sei, há muitos anos que quando a chuva se intensifica, as dificuldades de locomoção só aumentam. Sou usuário de trem e na última terça-feira sofri para chegar em casa. Uma verdadeira tromba d´água acometeu as cidades de Mauá e Santo André, o suficiente para que eu saísse do meu trabalho por volta das 18h00 e somente chegasse em terra firme por volta das 23h00. Algo para esquecer do ponto de vista de um trabalhador, mas um alerta para mostrar o quanto somos maltratados pelo poder público. Andar de trem, ônibus ou até táxi nesse período é um problema grave. Pra piorar, as prefeituras - em Mauá também - não têm um plano de emergência, como o aumento de condução para socorrer a população nessas horas. Além disso, tratam o bolso do contribuinte como uma fábrica de fazer dinheiro. O exemplo de que nossa revolta só nos causa mais dores de cabeça aconteceu em Mauá no último fim de semana.

NOS TEMPOS DA DITADURA
     A primeira cidade da região a majorar preços de passagens de ônibus foi Mauá. Dos antigos R$ 2,90, a passagem passou a custar R$ 3,30. Isso gerou protestos e manifestações. A última, que tinha como objetivo protestar contra o reajuste no preço das passagens, ocorrida sábado, foi recebida com truculência, cassetetes e despreparo de policiais ante à situação. Lembrou muito o tempo em que, sem julgamento, ou outro questionamento qualquer, a gente levasse porrada à vontade. As imagens são fortes e é ridículo que aqueles em quem votamos não estejam no mínimo dialogando com a gente.
Veja essas imagens. Isso está me deixando com medo de reivindicar um direito legítimo, que é o de discutir nossa vida junto à comunidade.


Resumo da ópera: a opressão está tomando conta da cidade onde moro. Cadê o diálogo, a democracia ? Manifestações populares tem seus objetivos. É preciso respeitar, conviver com opiniões contrárias, e tenho dito.

VIRANDO A PÁGINA 

    Na última semana, discorri sobre a teimosia em viver, por pior que seja o momento e, sempre, cada um a seu modo com muito amor, se doando para receber. Jesus, nosso mestre, o maior gênio que a humanidade produziu, vivia especialmente por cada um de nós, sempre doando caridade, esperança, amor e fez disso sua missão na Terra. Que nobre e difícil. Um legado para poucos.
     Ocorreu também em minha cabeça que, quando você busca passar para as pessoas positivismo, mensagens de fé e coragem, os resultados são imediatos. Jamais imaginava a repercussão que meus posts tem causado e quanta gente se identifica com os mesmos anseio. Isso tem me proporcionado força para continuar.
     Faço um desafio a vocês.  Quando a depressão bater a sua porta, pegue o telefone, sente à frente de um computador , mande um torpedo, escolha sua forma de comunicação e diga ao seu amigo o quanto ele é importante para você, pergunte o que está fazendo, se podem se encontrar para tomar uma cerveja, qual livro está lendo, qual a balada mais legal pra frequentar, enfim , não se isole, busque um colo, no bom sentido. Não quero ser repetitivo, mas faça do amor seu combustível para a vida, pratique e você verá o resultado.
     Posso dizer, no alto dos meus mais de 40, que as pessoas mais legais que conheço ainda não encontraram um rumo na vida, ainda tem objetivos para alcançar. Sabe por que as considero bacanas? Porque são inquietas, querem sempre mais, não se acomodam. e isso as torna interessantes, exemplares. Faça isso você também, vire a página. Garanto, os resultados são imediatos. Pra finalizar este post, uma pequena pérola  da nossa MPB. Curte aí e seja feliz !!!


     

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Avesso total

O AVESSO DO AVESSO DO AVESSO

     Rapaz ,lembro ainda hoje da primeira vez em que ganhei um computador. Eu era recém-casado e minha mulher resolveu surpreender. Junto com a irmã dela maquinou durante meses até a chegada do Natal uma forma de me presentear.  Resumo da ópera: perto do natal, ela me deu meu primeiro PC. Pronto, tava criada a primeira de uma série de crises conjugais nossa.
     O presente, sensacional, até chorei, emocionado com a lembrança e com um desejo satisfeito. O pior foi o legado: 24 prestações pra pagar. Quem pagou a conta? Eu, o presenteado. Depois disso, instalei o computador em um lugar bacana. Não havia internet de banda larga, nem redes sociais. Toda vez que tentava uma conexão, o telefone ficava ocupado e o barulho do modem acordava qualquer um.

Gostando de brincar
     Mas fui me adaptando e, pior pra alguns, gostando do brinquedo. Minha máquina tinha sensacionais 6 gigabytes de HD, cabia alguma coisinha NE ? Fui viciando nessa porra. Madrugava na internet. Comecei a namorar o PC e minha mulher, enciumada, só pensando em quebrar o presente que tinha dado a mim. Eu tinha trocado, sem notar, a patroa pelo PC. Viciado, aficionado por música, fui baixando tudo que achava legal. Ainda não dava pra ouvir rádio, nem assistir vídeos com a conexão tão lenta como era, mas começava a chamar a atenção. A irritação da mulher só aumentava: “Ah, esse cara não gosta de mim, só pensa nesse maldito computador, deve ficar a noite inteira no 5 contra 1. Desgraçado, filho da puta !!!
    E veio a tal da banda larga, conexão mais rápida. Minha máquina tinha ficado velha, mas a velocidade da net já permitia assistir alguns filmes, gravar músicas , etc. Mais um motivo de ira pra mulher .
    E assim fomos caminhando. Bom, estamos em 2012, à beira de 2013. Passados alguns anos dessa  saga ,a internet cada vez mais presente em nossas vidas, eis que os papéis se inverteram. Minha ainda mulher agora madruga no computador. Tem mais amigos virtuais do que físicos, tudo  graças às tais redes sociais, especialmente o tal do “feicibuqui”. Aí você fala com ela sobre o caso e escuta: “Ah, preciso fazer novas amizades, sair desse mundinho, conhecer gente nova, quem sabe um novo amor, etc. “.
Moral da história
     A Internet, que poderia ser um instrumento de aproximação das pessoas tem se tornado um grande ponto de afirmação do individualismo. É cada um por si. O pior é que a tendência  só aumenta. Nas redes sociais, por exemplo, faça um exercício: calcule quanto dos seus amigos você conhece fisicamente. Garanto que a maioria é virtual, ou seja, talvez tenha um perfil fake, ou mesmo não exista.
     A velocidade da informação também está criando alguns problemas e sumindo com nosso ponto de vista crítico> Ninguém contesta as informações lidas? O Google é realmente a bíblia, o “pai dos burros”  ? Cuidado galera, nem tudo que reluz é ouro. Logo mais volto com a continuação dessa história;