Confesso que este post está sendo escrito sob forte influência do meu amigo Jecão, que em seu último texto nos relembrou Velvet & Andy Warhol. Há algum tempo coloquei no próprio Facebook algumas imagens de meus discos prediletos de todos os tempos. E gostaria de escrever aqui sobre o título desta pequena matéria, "Forever Changes", nome do primeiro e inesquecível álbum da banda Love, de 1967. Um disco pontual, clássico, melódico, com letras profundas, para fazer inveja a muitos ditos escribas conceituados e endeusados como, por exemplo, Jim Morrison, dos Doors.
Primeiro, para "linkar" este texto com o parágrafo acima, é imperativo falar de Arthr Lee, o co-fundador da banda. Esse cara pode ser considerado como guru de muitas gente. Syd Barret, do Pink Floyd, quando ainda era lúcido, dizia que Lee era sua maior influência. O mesmo se aplica a Jimmi Hendrix e muitos outros que viriam a seguir. Robert Plant, do Led Zeppelin, dizia , há anos atrás para Fábio Massari que "Forever Changes" era seu disco predileto, trilha perfeita para se "ouvir numa ilha deserta".
Com tantos adjetivos elogiosos, dá pra perceber a importância de Arthur Lee para a história do rock. Como a grande maioria dos gênios, ele viveu e morreu no underground. Jamais sua banda alçou vôos altos ou criou hits chicletudos para faturar um troco.
Lee teve sua biografia lançada ano passado nos Estados Unidos pelo escritor John Einarson e , ao que se sabe, teve uma vida sofrida, não viu seu sonho realizado, de tornar a poesia e a música elementos dóceis e não teve reconhecido seu mérito. O disco "Forever Changes" faz parte de qualquer lista dos melhores de todos os tempos, está até no "Grammy Hall of Fame". Lee se foi em 2006, vítima de leucemia. Na rede encontrei dois vídeos , que vocês podem acessar logo abaixo deste post. São óbras póstumas de um show dele com sua seminal banda no Royal Albert Hall, em Londres.
E mais: A música "Alone Again Or" , que você pode procurar por aí teve versões bem honestas e bacanas das bandas Damned e Calexico. Outro som do Love "Five String Serenade" faz parte do primeiro disco da Mazzy Star e é maravilhosamente interpretado por Hope Sandoval. Fica aí o registro. R.I.P Arthur Lee.
Fonte: http://www.lovearthurlee.com/index.html
página destinada a repercutir informações do mundo da cultura. Música, rádio, televisão, cinema, teatro. Aqui há espaço pra tudo. Tudo mesmo !!!
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Oras, bolas!!!
Rapaziada, ando enjoado com o futebol, mais ainda com a politicagem envolvendo dirigentes, presidentes de clubes e pseudo-jogadores, que entram em campo só para saber quanto faturam por dia, sem terem compromisso com os mantos sagrados, a instituição "time de futebol", tão esquecida ultimamente. Assistir a partidas de futebol, sem ver no jogo ou nos seus jogadores, espírito esportivo, vontade de honrar camisas também está ficando um tanto chato.
A taça das bolinhas
Com quem deve ficar esta enfadonha taça ? Em campo os dois times, São Paulo F.C e C.R Flamengo fizeram jus, a seu modo, ao título. A CBF, claro, faz média, para não desagradar ninguém, mas no fundo descontenta a todos. Qual é o verdadeiro campeonato brasileiro ? Que competição assistimos, pagamos para ver, seja no pay per view ou in loco ? Difícil definir. Qual o campeonato mais importante ? Por essas e outras, acho eu, falta identidade às conquistas dos nossos clubes. Outro dia a CBF homologou títulos antigos a Palmeiras e Santos, mas com qual critério ? Volto a repetir: os clubes, em campo, realmente ganharam suas competições, só não se sabe qual a hierarquia, o valor efetivo dessas "glórias", qual a competição principal, a secundária, e por aí afora. Por essas e outras, oras bolas, a taça que São Paulo e Flamengo reivindicam para si não tem o menor valor.
Campeões Mundiais
A história é idêntica. Quem, de fato, detém o chamado título mundial ? Os melhores times do mundo são realmente aqueles que faziam apenas um jogo em Tóquio há tempos atrás sob o patrocínio de uma empresa automobilística ? Ou a nova fórmula da Fifa, juntando campeões de confederações em torno de uma competição de tiro rápido ? Também acho que falta legitimidade. Parece competição destinada apenas a movimentar grana, nada mais.
Há ainda que se discutir quem "paga mais" para transmitir jogos de futebol. A Globo detém a grana, o lobby político e tudo mais. A Record querr brigar por uma pluralidade de transmissões, não se limitando, como faz a Vênus Platinada, a mostrar, quase que somente, jogos do Corinthians, em São Paulo, ou do Flamengo, no Rio. Mas esse é um assunto para outro post, que coloco aqui em breve.
A taça das bolinhas
Com quem deve ficar esta enfadonha taça ? Em campo os dois times, São Paulo F.C e C.R Flamengo fizeram jus, a seu modo, ao título. A CBF, claro, faz média, para não desagradar ninguém, mas no fundo descontenta a todos. Qual é o verdadeiro campeonato brasileiro ? Que competição assistimos, pagamos para ver, seja no pay per view ou in loco ? Difícil definir. Qual o campeonato mais importante ? Por essas e outras, acho eu, falta identidade às conquistas dos nossos clubes. Outro dia a CBF homologou títulos antigos a Palmeiras e Santos, mas com qual critério ? Volto a repetir: os clubes, em campo, realmente ganharam suas competições, só não se sabe qual a hierarquia, o valor efetivo dessas "glórias", qual a competição principal, a secundária, e por aí afora. Por essas e outras, oras bolas, a taça que São Paulo e Flamengo reivindicam para si não tem o menor valor.
Campeões Mundiais
A história é idêntica. Quem, de fato, detém o chamado título mundial ? Os melhores times do mundo são realmente aqueles que faziam apenas um jogo em Tóquio há tempos atrás sob o patrocínio de uma empresa automobilística ? Ou a nova fórmula da Fifa, juntando campeões de confederações em torno de uma competição de tiro rápido ? Também acho que falta legitimidade. Parece competição destinada apenas a movimentar grana, nada mais.
Há ainda que se discutir quem "paga mais" para transmitir jogos de futebol. A Globo detém a grana, o lobby político e tudo mais. A Record querr brigar por uma pluralidade de transmissões, não se limitando, como faz a Vênus Platinada, a mostrar, quase que somente, jogos do Corinthians, em São Paulo, ou do Flamengo, no Rio. Mas esse é um assunto para outro post, que coloco aqui em breve.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Fenomenal
Gente, venho acompanhando , já há algum tempo, a movimentação crescente no mercado musical e gostaria de falar hoje especialmente sobre as novas cantoras que vem surgindo. Primeiro é impossível começar este assunto sem tocar na ótima Adele. Pelo menos do tempo em que a vejo na mídia, especialmente a britânica, sua evolução é notável. Dona de um vozerão que remete às antigas cantoras de blues, Adele encanta pela levada pop, pelo tom certeiro de suas canções. Acho o disco mais recente dela, o "21", um dos grandes álbuns lançados em 2010. A canção "Rolling in the Deep" vem sendo remixada por muitos top deejays do planeta. Merecido. Se nas nossas rádios e tvs o que se propaga é a chatice massante de termos que ver e ouvir Lady Gaga, Katy Perry, Jessie J e outras tantas, Adele reina nesse novo universo pop feminino.
Confira o disco "21", que é bárbaro.
Outra garota que tem surpreendido e, detalhe, com passagem marcada para o Brasil, é a Katy B. Não , ela não tem nada de excepcional. Tem uma voz ok, é bonitinha, tem todo o approach para
se transformar numa nova musa pop. Mas vi algo de diferente nela. Em vez de rebuscar elementos musicais batidos, como simplesmente reciclar trejeitos e micagens de Madonna, Cyndi Lauper e outras tais, Katy B passeia tranquilamente entre o dance tradicional e o dubstep sem fazer feio. Busque na sua máquina, pesquise sobre a garota. Ela é bacana. Eu recomendo.
Capa do disco " 21", de Adele e à direita Katy B
Um novo recomeço
Olá, amiguinhos, sejam bem-vindos a este novo espaço na rede. Estou aqui para discutir, interagir e compartilhar informações sobre o universo cultural do Brasil e do mundo. Muitas coisas chamam a nossa atenção todos os dias na internet , mas nem todas são, em última análise, deglutíveis, fáceis de entender. Estamos aqui para dissecar este universo, discutir os caminhos da cultura, das artes e do mundo digital. Venha com a gente.
Jorge Mazieri
Jorge Mazieri
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